O
crime eleitoral mais praticado no Brasil, principalmente nos pequenos
municípios nos quais os eleitores tem baixo nível de consciência política, é a
compra de votos. E muitos são os políticos que o cometem ao distribuir
abertamente dinheiro com os eleitores, sem falar na oferta de material de
construção, de bujões de gás, de remédios entre as famílias carentes das
periferias, gasolina em carros e motos, aluguel de carros... De um lado, a
oferta de donativos e a entrega de dinheiro sem nenhum receio da lei, tornou-se
uma arma para os políticos profissionais; do outro, o recebimento de tais
ofertas por parte dos eleitores, tonou-se vício (ou um alento) por parte das
famílias necessitadas, que fica contando os anos, os meses e os dias até chegar
época das eleições para obterem tais benefícios, não sabendo estes, que ao
receber esse tipo de ajuda, cometem crime tal como o pratica os políticos que
compram os seus votos. O delito eleitoral de compra de votos é o muito fácil de
ser flagrado, basta que as autoridades, através do Ministério Público e da
Justiça Eleitoral, determinem-se efetivamente a fiscalizar adotando medidas
judiciais punitivas cabíveis para coibir eficazmente o uso indevido do poder
econômico por candidatos. Ademais, as autoridades citadas, podem ter uma ajuda
valiosa, qual seja da sociedade civil e dos cidadãos conscientes que podem
denunciar e apontar mediante provas os candidatos a qualquer cargo eletivo que
usam dessa prática criminosa para eleger-se. Esses políticos, quase sempre,
tendem mais adiante, se eleitos, retirar o que gastou do erário público,
prejudicando assim, a realização de obras e de ações sociais para beneficiar a
população em geral tão carente de uma vida digna por falta de boa educação, de
bom atendimento na área de saúde e de uma confiável segurança pública. Se
chegar o tempo dos criminosos eleitorais serem efetivamente condenados a pagar
por seus delitos eleitorais, esse tipo de prática ilegal vai diminuir
significativamente. E quando isso acontecer, somente pessoas honestas e
honradas serão conduzidas ao poder e aos cargos legislativos. Quem sabe já
nessas eleições de 2012 os órgãos com competência e com responsabilidade para
realizar essa fiscalização, comecem efetivamente a fazê-la, a fim de evitar que
o poder econômico continue sendo decisivo no resultado das eleições pelo país
afora, inclusive em Tutóia. Texto adaptado por Fernando Merequeta para a
realidade de Tutóia.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Curiosidades sobre a política de Tutóia
Curiosidades
sobre a política de Tutóia
A política em Tutóia anda pegando fogo, apesar de
serem 4 candidatos registrados ao pleito de prefeito, acontece uma polarização
entre o candidato a reeleição do PSD Diringa e o candidato do PT Chico
Canavieira. Já circulou pesquisas com resultados, que em seguida foram
esclarecidos como falsos. Inúmeras são as conversas de esquinas, a cada dia
surge uma nova, tudo normal nesse período de eleição.
Algumas curiosidades podem ser analisadas a fim de
contribuir com uma possível previsão de resultado por parte do eleitor, levando
em consideração o resultado das últimas 5 eleições para prefeito no município,
onde desde 92 apenas um candidato à reeleição conseguiu a façanha de se
reeleger.
Vejamos alguns resultados:
Em 92 Zilmar e Merval dominavam a política de
Tutóia, surge Dr. Bebeto como candidato da oposição, e o povo quis mudar e
mudou, tirando a prefeitura das mãos dos Melos, vencendo assim o candidato da
oposição Dr. Bebeto Caldas;
Em 96 Dr. Bebeto chega ao último ano de mandato com
algumas conturbações em seu governo, lançando como seu candidato o então
deputado Zé Orlando, mas quem o povo quis foi o candidato da oposição apoiado
por Zilmar Melo, o bancário Egídio Junior;
Em 2000 Egídio Junior se torna o único nos últimos
20 anos a conseguir o feito da reeleição, até hoje outro não conseguiu tamanha
proeza;
Em 2004 Egídio Junior com dois mandatos
consecutivos e uma boa avaliação de governo, não podendo mais se candidatar
naquele pleito, escolhe o deputado Zé Orlando para ser o seu sucessor, naquele
ano comentava-se que Zé já estava eleito, mas do lado da oposição voltava a se
candidatar depois de mais de 10 anos, senhor Zilmar Melo como candidato da
oposição, e numa diferença de pouco mais de mil votos, venceu quem o povo quis
Zilmar Melo;
Em 2008, Zilmar Melo parte para a reeleição, com
uma rejeição notória, mas sempre com a força política tradicional. Como seu
principal concorrente surge o seu vice, naquela época ex-presidente da colônia
de pescadores, o Diringa. Vencendo mais uma vez o candidato da oposição,
evidenciando a vontade popular de mudar, e com uma diferença expressiva de mais
de 4 mil votos, Diringa torna-se prefeito com apoio do deputado Zé Orlando.
Em 2012, mais uma eleição, de um lado o candidato à
reeleição Diringa, do outro o candidato da União das oposições Chico
Canavieira, é visível que essa está sendo a eleição mais acirrada dos últimos
anos no município. Tem quem diga que não tem quem tome do Diringa, e tem quem
diga que não tem quem tome do Chico, com apoio do atual vice e candidato a
reeleição de vice Floriano, ex-prefeito Zilmar Melo e do ex-deputado Zé
Orlando.
Repercussão
da determinação judicial sobre retirada de cartazes do atual prefeito de Tutóia
por utilização do mesmo slogan de governo em sua campanha deu no blog do Jorge
Aragão
Mais
uma do Diringa. Pense num “menino traquino”
do
blog do Jorge Aragão
Como
se não bastassem às diversas denúncias de crimes praticados pelo prefeito de
Tutóia e candidato à reeleição, Raimundo Nonato Abraão Baquil, o Diringa (PSD),
entre elas a de Pedofilia, fraudes em pesquisas eleitorais e até no plágio na
própria proposta de governo por ele encaminhada à Justiça Eleitoral (claramente
copiada do candidato a Prefeito do Município de Paulino Neves), Diringa agora
poderá ser processado por outro crime, onde mais uma vez, tentou enganar a
população de Tutoia.
A
Justiça Eleitoral determinou liminarmente, esta semana, a retirada de
circulação de todos os materiais de campanha de Diringa assim como a retirada
dos cartazes fixados em muros que continham a expressão “O Povo no Poder”, por
se tratar do mesmo slogan da Prefeitura Municipal de Tutóia.
Além
da caracterização de abuso de poder político e de propaganda irregular, a
utilização de slogan institucional da Prefeitura Municipal de Tutóia (slogan de
governo) na propaganda política de Diringa constitui crime previsto
expressamente na legislação eleitoral.
O
artigo 40 da Lei nº 9.504/97 estabelece que “o uso, na propaganda eleitoral, de
símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão
de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista constitui crime,
punível com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de
serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de dez mil a vinte
mil UFIR”.
De
acordo com a decisão judicial, proferida pelo Juiz da 40ª Zona Eleitoral do
Município de Tutóia, Rodrigo Otávio Terças Santos, “a ilicitude da propaganda
eleitoral veiculada pelo candidato a Prefeito Raimundo Nonato Abraão Baquil (…)
é clara, não necessitando de mais provas ou aprofundamento destas para que esteja
configurado o desrespeito à norma eleitoral”.
Definitivamente,
o prefeito Diringa é um “menino traquino”
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